Data: 1987/09/11
Título: Interview: SNFU
Tradutor: ThiagoSNFU
Veículo: Equalizing Distort
Link: http://equalizingxdistort.blogspot.com/1987/09/interview-snfu.html
Eu estava procurando em algumas pastas velhas de cartazes e encontrei uma com transcrições de entrevistas antigas. Essa foi feita com o vocalista da banda SNFU, Mr Chi Pig, que estava na cidade de Edmonton quando o grupo se apresentou no dia 11 de setembro de 1987.
Entrevistador: Por quanto tempo vocês estão na turnê?
Mr Chi Pig: Essa turnê durou até agora nove dias. Hoje é o nono dia e ela durará cinco semanas.
E: Aonde vocês tocarão?
MCP: Nos apresentaremos no extremo leste do Canadá, em Halifax, depois atravessaremos a fronteira e desceremos até a cidade de Nova Iorque, até a área da cidade Boston, na seqüência tocaremos na costa leste dos Estados Unidos, desceremos para Minneapolis e depois voltaremos para Winnipeg e voltaremos para casa. Saímos de casa no último dia 2 e pretendmos voltar lá pelo dia 5 ou no máximo no dia 10 do próximo mês. Essa é uma turnê para se divertir e não sofrer nenhum tipo de estresse.
E: Parece que a banda fez muitas turnês e não faz muito tempo que vocês tocaram aqui pela última vez?
MCP: Sim, tocamos aqui em dezembro do ano passado.
E: Vocês não estão esgotados devido a grande quantidade de turnês?
MCP: Não porque a última aconteceu durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março e aí passei um mês inteiro sem fazer alguma coisa. Apenas vegetei e assim que nosso novo baixista entrou para a banda, ensaiamos por três meses. Nosso primeiro show com ele foi no dia 7 de agosto e aí decidimos continuar. Mesmo após quatro meses parados, nós sabíamos que não teríamos algum problema vital nos nossos sistemas, ainda que toda essa umidade esteja me matando.
E: Lá fora não está tão ruim. Você precisa se preocupar com aqui dentro no clube.
MCP: Bom, até agora não me preocupei porque sou um caubói do velho oeste.
E: O que aconteceu com o antigo baixista que tocou na turnê do ano passado?
MCP: No começo Dave era nosso guitarrista e desde que se tornou nosso baixista, ele queria voltar a tocar guitarra, e é isso o que ele está fazendo no momento. Agora ele toca em uma banda que ele formou chamada Lug’s Laughter. Foi assim que tudo aconteceu. Ele quis sair de uma constante do grupo e o certo foi deixar que ele saísse.
E: Você quer dizer que a saída aconteceu sem maiores problemas?
MCP: Não. Ele nos disse que queria sair, logo o que poderíamos fazer? Não podemos forçar ninguém a permanecer na banda. Não é assim que as coisas funcionam. Caso alguém não queira participar, então está fora. Ainda que nós quiséssemos que ele continuasse no grupo, não seria certo porque caso eu quisesse sair, não gostaria que ninguém me forçasse a ficar. Não gostaria de fazer nada contra a minha vontade.
E: Sobre as novas músicas, o que você pode me dizer?
MCP: Posso dizer algo sobre o conteúdo das letras? Eu não sei. Ainda não parei para avaliá-las. Até o presente momento, temos cerca de oito músicas elegíveis para um novo álbum de estúdio. Queremos fazer uma apresentação em uma universidade após o fim dessa turnê. Será um show de Halloween, um evento especial para arrecadar fundos para a estação de rádio daquela instituição. Após o show, nos concentraremos e provavelmente passaremos todo o mês de novembro escrevendo novas músicas. Assim que tivermos músicas razoáveis, entraremos em um estúdio para gravar uma fita demo e ouvir como ficaram. Em seguida faremos as correções necessárias e esperamos que gravá-las no nosso próximo álbum de estúdio.
E: Nesse caso, podemos assumir que a banda gravará um álbum em breve.
MCP: Sim, dá para assumir, mas eu não espero nada até o começo do ano que vem. Durante esse intervalo lançaremos um novo item do nosso catálogo no mês de novembro: um EP com uma versão alternativa da música She’s Not On The Menu e nossa primeira gravação, feita em dezembro de 1982, uma faixa lado b. Serão produzidas apenas 500 cópias originais em formato vinil colorido que poderão acompanhar um adesivo. Por esse motivo, quem quiser garantir a sua cópia precisará nos escrever com rapidez antes que as cópias acabem. Não faço a idéia de quanto custará, mas esse projeto é algo que estamos entusiasmado e que consideramos muito especial.
E: O EP será lançado pela gravadora BYO?
MCP: Não, lançaremos de forma independente, mas estará escrito Better Youth Publishing apenas para proteger os direitos autorais das músicas. Esse trabalho é um do tipo que poderia ser lançado por um fã-clube, ou algo do tipo. Venderemos as cópias durante o show para levantar algum dinheiro. Quero divulgar o EP para o maior número de pessoas, mas não estou disposto a enviar, por exemplo, mais do que as 500 cópias para fora de Edmonton.
E: Você faz idéia de quando custará para lançar o EP?
MCP: Não. É muito difícil afirmar com precisão o custo total. Preciso adicionar o preço da prensagem, da serigrafia, e do adesivo, que deixará o valor um pouco mais alto. A encomenda só pode ser feita nos Estados Unidos porque aqui no Canadá, o mínimo que você pode pedir por um vinil colorido de 7’’ é de 10000 cópias. Por isso, desceremos até a terra do Tio Sam e eles nos enviarão a encomenda através da fronteira, o que ocasionará um custo adicional. Tudo isso somado dará o preço de custo final.
E: A arte dos álbuns do grupo é muito interessante. Há um artista que cria os desenhos para vocês?
MCP: Não, somos como “catadores de arte”. Esse é um dos objetivos principais dessa turnê: procurar novos artistas. Estamos sempre de olho em algum músico criativo e alguém que nos traga algo de novo que seja realmente. Não estamos interessados em algo típico e o que já está rolando na veia do gênero musical hardcore, por mais que tenha crescido ouvindo esse tipo de música e ainda escute.
E: Li recentemente uma carta publicada na revista Maximum RockNRoll que uma pessoa em particular não gostou da arte nas camisas do merchandise da banda, por causa daquela caveira, o que é normal em se tratando da capa de um álbum de uma banda que toca o gênero musical hardcore.
MCP: Eu já sabia. Nós usamos a arte uma vez nas camisas utilizando esse desenho e muitas pessoas gostaram, mas outras já enjoaram. Continuamos a fabricação porque a venda das camisas continuou e isso nos ajudou. Agora nós progredimos e apresentamos algo novo por causa do lançamento do segundo álbum, If You Swear, You'll Catch No Fish, e recomendo que as pessoas levantem a sua guarda caso não esperem algo tão estranho quando a caveira.
E: De onde vocês tiraram a arte para esse álbum?
MCP: Eu a encontrei em uma exibição de arte na cidade de Edmonton. Tratava-se de um pôster para a divulgação de uma outra exibição que aconteceu em Calgary no ano passado. Encontramos o autor da obra, conseguimos permissão para uso legal e finalmente a utilizamos.
E: A respeito da arte do primeiro álbum, .. And No One Else Wanted To Play, vocês conseguiram os direitos autorais?
MCP: O que acontece é o seguinte: Você pode tirar uma foto e se algum artista desenhar sua própria interpretação e assinar sue nome, será totalmente legal. Caso você pegue uma cópia da foto e use em seu trabalho, será plágio, o que não é nada bom. Nós erramos na versão canadense e a gravadora BYO fez algo diferente na versão estadunidense porque tomou conta de toda a situação. Eles decidiram parar a fabricação e substituir por um desenho. Nós fizemos o mesmo aqui no Canadá, mas a nossa versão ainda se parecia com a foto original e tivemos que mudar mais uma vez, até a última versão que vocês já conhecem. Eles estavam sendo muito cautelosos.
Entrevistador: Por quanto tempo vocês estão na turnê?
Mr Chi Pig: Essa turnê durou até agora nove dias. Hoje é o nono dia e ela durará cinco semanas.
E: Aonde vocês tocarão?
MCP: Nos apresentaremos no extremo leste do Canadá, em Halifax, depois atravessaremos a fronteira e desceremos até a cidade de Nova Iorque, até a área da cidade Boston, na seqüência tocaremos na costa leste dos Estados Unidos, desceremos para Minneapolis e depois voltaremos para Winnipeg e voltaremos para casa. Saímos de casa no último dia 2 e pretendmos voltar lá pelo dia 5 ou no máximo no dia 10 do próximo mês. Essa é uma turnê para se divertir e não sofrer nenhum tipo de estresse.
E: Parece que a banda fez muitas turnês e não faz muito tempo que vocês tocaram aqui pela última vez?
MCP: Sim, tocamos aqui em dezembro do ano passado.
E: Vocês não estão esgotados devido a grande quantidade de turnês?
MCP: Não porque a última aconteceu durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março e aí passei um mês inteiro sem fazer alguma coisa. Apenas vegetei e assim que nosso novo baixista entrou para a banda, ensaiamos por três meses. Nosso primeiro show com ele foi no dia 7 de agosto e aí decidimos continuar. Mesmo após quatro meses parados, nós sabíamos que não teríamos algum problema vital nos nossos sistemas, ainda que toda essa umidade esteja me matando.
E: Lá fora não está tão ruim. Você precisa se preocupar com aqui dentro no clube.
MCP: Bom, até agora não me preocupei porque sou um caubói do velho oeste.
E: O que aconteceu com o antigo baixista que tocou na turnê do ano passado?
MCP: No começo Dave era nosso guitarrista e desde que se tornou nosso baixista, ele queria voltar a tocar guitarra, e é isso o que ele está fazendo no momento. Agora ele toca em uma banda que ele formou chamada Lug’s Laughter. Foi assim que tudo aconteceu. Ele quis sair de uma constante do grupo e o certo foi deixar que ele saísse.
E: Você quer dizer que a saída aconteceu sem maiores problemas?
MCP: Não. Ele nos disse que queria sair, logo o que poderíamos fazer? Não podemos forçar ninguém a permanecer na banda. Não é assim que as coisas funcionam. Caso alguém não queira participar, então está fora. Ainda que nós quiséssemos que ele continuasse no grupo, não seria certo porque caso eu quisesse sair, não gostaria que ninguém me forçasse a ficar. Não gostaria de fazer nada contra a minha vontade.
E: Sobre as novas músicas, o que você pode me dizer?
MCP: Posso dizer algo sobre o conteúdo das letras? Eu não sei. Ainda não parei para avaliá-las. Até o presente momento, temos cerca de oito músicas elegíveis para um novo álbum de estúdio. Queremos fazer uma apresentação em uma universidade após o fim dessa turnê. Será um show de Halloween, um evento especial para arrecadar fundos para a estação de rádio daquela instituição. Após o show, nos concentraremos e provavelmente passaremos todo o mês de novembro escrevendo novas músicas. Assim que tivermos músicas razoáveis, entraremos em um estúdio para gravar uma fita demo e ouvir como ficaram. Em seguida faremos as correções necessárias e esperamos que gravá-las no nosso próximo álbum de estúdio.
E: Nesse caso, podemos assumir que a banda gravará um álbum em breve.
MCP: Sim, dá para assumir, mas eu não espero nada até o começo do ano que vem. Durante esse intervalo lançaremos um novo item do nosso catálogo no mês de novembro: um EP com uma versão alternativa da música She’s Not On The Menu e nossa primeira gravação, feita em dezembro de 1982, uma faixa lado b. Serão produzidas apenas 500 cópias originais em formato vinil colorido que poderão acompanhar um adesivo. Por esse motivo, quem quiser garantir a sua cópia precisará nos escrever com rapidez antes que as cópias acabem. Não faço a idéia de quanto custará, mas esse projeto é algo que estamos entusiasmado e que consideramos muito especial.
E: O EP será lançado pela gravadora BYO?
MCP: Não, lançaremos de forma independente, mas estará escrito Better Youth Publishing apenas para proteger os direitos autorais das músicas. Esse trabalho é um do tipo que poderia ser lançado por um fã-clube, ou algo do tipo. Venderemos as cópias durante o show para levantar algum dinheiro. Quero divulgar o EP para o maior número de pessoas, mas não estou disposto a enviar, por exemplo, mais do que as 500 cópias para fora de Edmonton.
E: Você faz idéia de quando custará para lançar o EP?
MCP: Não. É muito difícil afirmar com precisão o custo total. Preciso adicionar o preço da prensagem, da serigrafia, e do adesivo, que deixará o valor um pouco mais alto. A encomenda só pode ser feita nos Estados Unidos porque aqui no Canadá, o mínimo que você pode pedir por um vinil colorido de 7’’ é de 10000 cópias. Por isso, desceremos até a terra do Tio Sam e eles nos enviarão a encomenda através da fronteira, o que ocasionará um custo adicional. Tudo isso somado dará o preço de custo final.
E: A arte dos álbuns do grupo é muito interessante. Há um artista que cria os desenhos para vocês?
MCP: Não, somos como “catadores de arte”. Esse é um dos objetivos principais dessa turnê: procurar novos artistas. Estamos sempre de olho em algum músico criativo e alguém que nos traga algo de novo que seja realmente. Não estamos interessados em algo típico e o que já está rolando na veia do gênero musical hardcore, por mais que tenha crescido ouvindo esse tipo de música e ainda escute.
E: Li recentemente uma carta publicada na revista Maximum RockNRoll que uma pessoa em particular não gostou da arte nas camisas do merchandise da banda, por causa daquela caveira, o que é normal em se tratando da capa de um álbum de uma banda que toca o gênero musical hardcore.
MCP: Eu já sabia. Nós usamos a arte uma vez nas camisas utilizando esse desenho e muitas pessoas gostaram, mas outras já enjoaram. Continuamos a fabricação porque a venda das camisas continuou e isso nos ajudou. Agora nós progredimos e apresentamos algo novo por causa do lançamento do segundo álbum, If You Swear, You'll Catch No Fish, e recomendo que as pessoas levantem a sua guarda caso não esperem algo tão estranho quando a caveira.
E: De onde vocês tiraram a arte para esse álbum?
MCP: Eu a encontrei em uma exibição de arte na cidade de Edmonton. Tratava-se de um pôster para a divulgação de uma outra exibição que aconteceu em Calgary no ano passado. Encontramos o autor da obra, conseguimos permissão para uso legal e finalmente a utilizamos.
E: A respeito da arte do primeiro álbum, .. And No One Else Wanted To Play, vocês conseguiram os direitos autorais?
MCP: O que acontece é o seguinte: Você pode tirar uma foto e se algum artista desenhar sua própria interpretação e assinar sue nome, será totalmente legal. Caso você pegue uma cópia da foto e use em seu trabalho, será plágio, o que não é nada bom. Nós erramos na versão canadense e a gravadora BYO fez algo diferente na versão estadunidense porque tomou conta de toda a situação. Eles decidiram parar a fabricação e substituir por um desenho. Nós fizemos o mesmo aqui no Canadá, mas a nossa versão ainda se parecia com a foto original e tivemos que mudar mais uma vez, até a última versão que vocês já conhecem. Eles estavam sendo muito cautelosos.
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