2012/03/19

Textos: Retrospectiva

O ano passado foi muito interessante para a cena curitibana. Ela continuou dividida, porém sólida como nos anos anteriores. O famoso bar Lino's voltou a abrir espaço para as bandas e durante os 12 meses aconteceram inúmeros eventos, como o Domingueira e a 3a edição do festival Hell Churras.

O Auditório do Largo serviu de palco para vários grupos de incontáveis gêneros musicais tocarem e o festival Psycho Carnival foi mais uma vez a melhor alternativa para quem curte baixos acústicos ao invés de pandeiros durante o Carnaval e também o maior festival (in)dependente da cidade. Esse ano, o evento acontecerá no Espaço Cult, nas Ruínas de São Francisco e no Largo da Ordem. O valor dos ingressos varia, algumas atrações são de graça e o preço máximo é R$50.

No mês de junho, o Confronto e o Dance Of Days se apresentaram no mesmo dia para públicos diferentes, pequenos e em locais diferentes. A banda santista Garage Fuzz tocou durante o evento Drop Dead Origins, patrocinado (como o próprio nome sugere) pela famosa marca de skate, responsável também pela organização de um campeonato de skate nos dias 7 e 8 de maio para várias categorias.

Ainda no 1° semestre aconteceu a 7ª edição do festival Verdurada Curitiba, cuja maior proposta é divulgar o vegetarianismo. Além dos grupos Days Of Sunday, Entre Rejas e Plastic Fire, a banda curitibana Colligere, que tinha acabado em 2008, foi a última a se apresentar e a grande responsável por chamar um grande público.

Apesar das mensagens de apoio ao cristianismo e ao patriarcado, o grupo de amigos PHCC trouxe para a cidade a banda carioca Norte Cartel para tocar no Espaço Gólgota e, além de mostrar muita união e fidelidade aos seus princípios, provou que não é preciso exigir cota de ingressos para fazer um evento acontecer, como manda ética do Do It Yourself.

A agência de eventos Cartada Produções começou o ano famosa por não trazer a banda CPM 22 para se apresentar em dezembro de 2010 e ainda não foi capaz de trazer o quarteto pop punk Rufio. A banda americana se pronunciou em seu Facebook oficial e disse que a produtora não pagou o cachê e por isso o grupo não se apresentou na terra do leite quente. O mesmo aconteceu com a banda de gosto duvidoso Hardneja Sertacore, já no 2° semestre.

Os eventos produzidos pela Cartada Produções continuaram a acontecer, devido ao suporte de algumas bandas, donos de bares e lojas de instrumentos musicais. Burrice, comodismo ou inocência por parte dos membros dos grupos que se sujeitam a participar do esquema pague para tocar?

A cidade recebeu grandes nomes do hardcore e do punk rock internacional logo nos primeiros meses: Anti-Flag, Rise Against e This Is A Standoff no Curitiba Master Hall, Comeback Kid e Sick Of It All no John Bull Music Hall e o D.R.I. no bar Hangar.

A segunda parte do ano começou com a 8a edição da Verdurada Curitiba. O coletivo responsável pela realização do evento trouxe, com muito sacrifício, o maior nome do queer punk do planeta: a banda Limp Wrist. Nessa ocasião, o grupo Nerds Attack se reuniu e as bandas Filhotinho, Futuro e Teu Pai Já Sabe? também se apresentaram. O evento foi livre de drogas, preconceitos e com a famosa janta servida no fim do festival.

A ocupação J13, que agora recebe o nome de Centro Cultural Anarquista J13, e o DCE da UFPR, serviram de palco para bandas com propostas musicais um pouco diferentes do modelo padrão: Ayat Akrass, Búfalo, Carne Morta Pra Viver, Centavo, Hesterco, Holodomor, Homvncvuli, Onde Eu Me Encaixo, Paramorte, entre outras. Em algumas ocasiões, bate-papos sobre assuntos interessantes ao movimento aconteciam paralelamente às apresentações musicais, além de oficinas, como a de cicloturismo e manutenção de bicicletas.

O bar Front, localizado na Rua 13 de Maio, 940, surgiu como opção e foi o local escolhido para as 4 edições do festival Suspiro, nas quais várias bandas de diferentes rótulos se apresentaram: Dona Ju, Macedonia, Mustaphorius, Nekromonsters, entre outros. O valor dos ingressos era acessível e o público compareceu.

A banda Pelebrói Não Sei?, uma das mais queridas da cidade, se apresentou pela 2a vez no ano. Durante o festival Punktober. O evento aconteceu nos dias 7, 8 e 9 de outubro com participação de diversas bandas: Abraskadabra, Colligere, Evil Idols, Javalis do Pântano, Magaivers, No Milk Today, Ribas On The Rocks e mais alguns grupos.

Um nome de destaque do ska punk, o Streetlight Manifesto, subiu no palco do Espaço Cult para se apresentar. O Bad Religion fez o mesmo para divulgar trabalho mais recente, The Dissent Of Man, com a pista principal do Curitiba Master Hall lotada. O quarteto canadense D.O.A. fez uma série de shows no Brasil e no dia 18 de novembro tocou no bar Front, ao lado de grandes nomes do cenário nacional: Agrotóxico, Flicts e Ovos Presley.

Os fãs de metalcore tiveram a chance de ver a banda australiana Parkway Drive no Music Hall. Os amantes de ska, por sua vez, receberam um representante da 3a onda, o The Toasters, no Hangar Music Hall.

2011 foi um ano rico para Curitiba, que mais uma vez recebeu as bandas Cueio Limão,Dead Fish, Gritando HC, Hateen e Sugar Kane. Em 2012 a festa continua com a volta de O Inimigo e do tão esperado quarteto canadense Belvedere. Há ainda boatos que o Rvivr também passará por aqui, visto que já foi confirmado que o quarteto.

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