A primeira edição do festival Holocausto aconteceu ontem a noite no Auditório do Largo, em Curitiba. O evento reuniu amigos e conhecidos de uma cena que já existia há algum tempo na cidade mas que está se concretizando e abre espaço para bandas de outros aglomerados com o objetivo em comum de divulgar suas músicas para o público dos gêneros musicais hardcore e punk rock.
Mustaphorius
O quarteto formado por Bruno (bateria), Dudu (guitarra), Jhow (voz) e Tuta (baixo), foi responsável por abrir o evento e se apresentou por pouco mais de vinte minutos. Entre músicas próprias que já são conhecidas pelos mustafuckers, a banda interpretou a versão cover de Cyco Vision, original do importante grupo Suicidal Tendencies. A apresentação marcou o retorno da Mustaphorius aos palcos curitibanos e mesmo com o microfone do guitarrista bem mais baixo do que o ideal, os quatro garotos tiveram uma boa performance. Eles voltarão a se apresentar durante o festival The Underdogs Fest, no dia 28 de abril na igreja Espaço Gólgota. Não será vendido bebida alcoólica no local e por isso o aglomerado que representa a cena de Santa Felicidade levará bebida por conta e o autor dessa resenha irá vestindo a camisa do Santos Futebol Clube.
Faixas
01 Cuzido E Solitário
02 Bebidas E Mosh
03 Sangue Suga
04 O M Do Mundo
05 Cyco Vision (Suicidal Tendencies)
06 Virou Canhão
Assista a seguir ao vídeo no qual a Mustaphorius toca a música Virou Canhão:
Royal Rampage
A próxima atração foi a que mais destoou de todas as outras. A diferença musical poderia ser o principal motivo visto que a banda escolheu um setlist lotado de versões cover de grupos que tocam metal e suas diferentes escolas. Contudo, o destaque negativo ficou por parte do público que assistiu ao show da Royal Rampage. Os presentes entraram no Auditório do Largo quando o quarteto subiu ao palco e deixaram o local assim que a banda terminou de tocar as canções. Os membros da cena hardcore e do movimento punk de lugar algum devem seguir um livro de regras mas a velha retórica de apoiar todas as bandas, o mínimo que poderia ser feito (e foi feito por todos os outros grupos), não aconteceu por parte dos fãs da Royal Rampage.
No Job
A primeira apresentação da banda No Job, cujo nome anterior era Fuck The Rainbow, serviu como marco para o início da segunda fase do evento pois todos os grupos seguintes ofereceram apresentações especiais e únicas por diferentes motivos. Devido ao pouco tempo de vida, o quarteto escolheu um setlist com canções de grupos que o influenciou e as interpretou de maneira expontânea. Durante a execução de Linoleum, original da banda californiana NOFX, o fotógrafo Afonso, vulgo Astolfo ou Fofonso, subiu ao palco para interpretar a música e deu a ela uma pitada de No Use For A Name, como pode ser conferido no vídeo a seguir:
A banda No Job precisa de um pouco de entrosamento, ensaiar mais vezes e correr contra o tempo para gravar músicas próprias, mas a performance de ontem já foi suficiente para o quarteto se tornar uma promessa na cena curitibana.
Assista a seguir ao vídeo no qual a No Job interpreta a música May 16th, original do quinteto Lagwagon:
Faixas
01 May 16th (Lagwagon)
02 A-OK (Face To Face)
03 I Want (Face To Face)
04 Bad Fish (Sublime)
05 Diante Do Mar (A-OK)
06 Linoleum (NOFX)
07 Estações
08 Mantenha A Dúvida (Charlie Brown Jr)
09 Você (Tim Maia)
Nadacom
O grupo, cujos membros vieram de várias cidades do Paraná e de São Paulo, proporcionou a performance mais sólida da noite. O quarteto tocou cinco músicas próprias que podem ser rotuladas como hardcore mas que se diferenciam pela segunda voz, um dos grandes destaques dessa prolífica banda. Leandro, vulgo Língua, e companhia interpretaram apenas duas versões cover: a primeir, da música Viver, original do grupo Dead Fish, e a segunda, A-OK, do quarteto californiano Face To Face. No primeiro momento, o futuro sociólogo Danilo, vulgo Paulista, ocupou o palco para cantar o refrão da famosa canção. Duas das músicas de autoria própria foram dedicadas para a mãe do vocalista e para o amigo e ex-membro do quarteto.
Faixas
01 Não Podemos Desistir
02 Através do Escuro
03 Sozinho
04
05 Em Nossos Dias
06 Viver (Dead Fish)
07 Caminho Inverso
08
09
10
11 A-OK (Face To Face)
Save Your Ass
A banda subiu ao palco pontualmente as 19:40 e abriu sua apresentação com uma de suas melhores músicas: Appetite For Destruction. Mais uma vez o grupo demonstrou muito entrosamento e sua performance foi muito precisa. A acústica do Auditório do Largo e o ótimo equipamento de som disponível somados ao talento de todos os três músicos e a virtude que o vocalista Neto Boanerges tem de cantar músicas em inglês fizeram desse show uma ótima apresentação. Assista ao vídeo a seguir no qual a Save Your Ass toca a música Garage:
FaixasDestruction, Sem Título, Galetera, Money, Never Change e Garage. A ordem correta das faixas será publicada em breve.
No More Life
Por causa de um acordo com a banda Nadacom, a No More Life fechou o festival e o fez com chave de ouro. Um dos motivos foi o amadurecimento e originalidade como os quais o quinteto interpretou músicas próprias e versões cover. O público presente já estava cansado de permanecer no mesmo lugar por mais de quatro horas mas a alegria proporcionada pela diversão, por estar entre os amigos e pelo consumo de cerveja falou mais alto. Vários membros da platéia subiram ao palco para cantar a música Wake The Dead, original da banda Comeback Kid. Assista ao vídeo a seguir no qual a No More Life canta a música Ad Libitum:
Após executar seu repertório, o baixista da No Job e finada Till Joey, Danilo, vulgo Paulista, mais uma vez quis demonstrar seu talento musical, dessa vez com seu instrumento de origem. O autor dessa resenha, membro de nenhuma banda, estava no palco e sugeriu para o futuro sociólogo que ele tocasse uma canção da banda Pennywise. Ele não ouviu e por isso o santista pegou o microfone das mãos de Fofonsio e cantou o coro inicial da música Bro Hymn, um dos hinos mais emblemáticos de todo o gênero musical. O público demorou menos de dois segundos para responder e o resultado pode ser conferido no vídeo a seguir:
Após executar seu repertório, o baixista da No Job e finada Till Joey, Danilo, vulgo Paulista, mais uma vez quis demonstrar seu talento musical, dessa vez com seu instrumento de origem. O autor dessa resenha, membro de nenhuma banda, estava no palco e sugeriu para o futuro sociólogo que ele tocasse uma canção da banda Pennywise. Ele não ouviu e por isso o santista pegou o microfone das mãos de Fofonsio e cantou o coro inicial da música Bro Hymn, um dos hinos mais emblemáticos de todo o gênero musical. O público demorou menos de dois segundos para responder e o resultado pode ser conferido no vídeo a seguir:
Antes e durante a apresentação das bandas, membros do grupo Off Stage, liderado por um dos charlatões mais conhecidos da cidade, chegou como quem não queria mais nada, pediu para tocar no Auditório do Largo e recebeu um sonoro não como resposta. Depois que os presentes terminaram de cantar a música Bro Hymn, um dos organizadores do evento agradeceu ao apoio e toda a correria por parte dos envolvidos e mandou em coro com os presentes o guitarrista tomar no cu. A atitude foi simbólica e serviu como lição e prova de que para se organizar um evento não é necessário vender cota de ingressos, deixar instrumentos musicais como garantia e nem mesmo desligar a caixa de som no meio de um show.
Entre uma apresentação e outra, Danilo, vulgo Paulista, deu um workshop de guitarra na qual intepretou grandes sucessos, entre eles o hino nacional brasileiro. Esse momento ímpar infelizmente não foi registrado em áudio ou vídeo mas ficará guardado na memória de todos os presentes.
Todos os vídeos, com exceção de No More Life - Bro Hymn, foram gravados por Afonso Augusto Miranda.
Todos os vídeos, com exceção de No More Life - Bro Hymn, foram gravados por Afonso Augusto Miranda.
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