2011/03/09

Resenhas: Rise Against: Endgame

A banda Rise Against é um dos raros casos que ousa mostrar músicas experimentais para os seus fãs. Desde seu primeiro álbum, The Unraveling, até Appeal To Reason, o grupo gravou canções que não se limitavam apenas aos gêneros musicais hardcore e punk rock. Faixas que foram além do esperado e que mostraram toda a criatividade do quarteto. O conteúdo das letras também mudou: os temas pessoais deram lugar aos universais e tópicos de relevância mundial no que diz respeito aos problemas que o planeta enfrente causados pelo homo sapiens. Essa postura de experimentar continua em Endgame.

A primeira faixa é a ideal para abrir um álbum de estúdio, por ser agressiva e rápida, característica apreciada por parte dos fãs do grupo que preferem seu terceiro trabalho, Siren Song Of The Counter Culture. A música seguinte é o exemplo típico de mídia que chegará às rádios e servirá para aumentar a audiência da banda . Make It Stop (September's Children) é o título da terceira canção e da primeira grande surpresa, por começar com um coro de crianças, justamente para chamar a atenção para a postura agressiva de alguns adolescentes.

A energia e os gritos ausentes no álbum anterior do vocalista Tim McIlrath voltaram na quarta e sextas faixas, sem deixar de lado a ótima música Satellite, que apresenta um equilíbrio melódico incrível, onde pode-se claramente perceber que o grupo está evoluindo e abrindo seu leque musical. A faixa que mais me chamou a atenção foi Survivor Guilt, música que, segundo Tim, é uma como uma continuação de Hero Of War. Nas estrofes e versos a sensação de remorso que o povo estadunidense sente pelas decisões que seus políticos tomam com relação às guerras aparece nas entrelinhas.

As últimas faixas autenticam a solidez de um álbum muito bem produzido, com faixas de cunho político e pessoais em uma balança que não pesa para mais um lado do que para outro. This Is Letting Go apresenta uma crise de emoções e provavelmente será uma das faixas favoritas desse mais recente álbum, devido ao seu refrão que cativa muito e é um belo convite para um sing along. 46 minutos não faz um álbum ser mais curto ou comprido, porque o que importa é a duração de cada música, seu conteúdo, variedade e a progressão no decorrer das faixas. Endgame supera seu antecessor e deixará a maioria dos fãs na expectativa se algum próximo trabalho superará o primeiro álbum de estúdio ou The Sufferer And The Witness, este último responsável por trazer novas pessoas para o grupo de fãs da banda que se formou na cidade de Chicago, Illnois, em 1999.

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