2010/12/29

Entrevista: Brian Baker + Jay Bentley (Bad Religion)

Autor: Jason Epstein
Data: 2010/12/18
Título: Interviews: Bad Religion
Tradutor: ThiagoSNFU
Veículo: PunkNews.ORG
Link: http://www.punknews.org/article/40959

No ano de 2010 a banda Bad Religion celebrou seu 30° aniversário fazendo turnês, lançando seu 15° álbum de estúdio e tocando em três noites especiais para os fãs da cidade de Nova Iorque, em cada uma delas suas músicas das décadas de 80, 90 e a atual. O entrevistador Jason Epstein consegiu uma entrevista com Jay Bentley e também com Brian Baker. Este que fez questão de estar na entrevista para o site PunkNews.ORG. Os dois conversaram sobre o novo álbum, sobre o 30° aniversário e, é claro, Jesus.

Jason Epstein: Parabéns pelos 30 anos. Como vocês sentem a respeito da evolução e o progresso da banda com relação a sua mensagem e música nesse período?

Jay Bentley: Bom, nós crescemos dizendo que a primeira dama é uma falácia.

Brian Baker: Você acha que você é melhor do que eu.

JE: Ótima referência. Vocês devem ser grandes fãs do Bad Religion.

JB: Demoramos um pouco para evoluirmos como músicos. Eu melhorei um pouco e todos os que entraram no grupo foram melhores que os responsáveis anteriores em suas respectivas posições. Dessa forma, o processo de composição das músicas amadureceu. Acho que a intenção foi sempre a de passar a mesma mensagem, contudo quando se tem 15 anos você não sabe muito bem como se expressar. Quando alguém me pergunta qual é a idéia principal da banda peço para parar e pensar sobre a música Do What You Want, que sintetiza muito bem a nossa intenção. Faça o que você quer, mas não faça perto de mim, vá para longe e faça o que bem entender.

JE: Vocês estão prestes a se apresentar e interpreter as músicas da década de 80 e daqui a uma semana a banda fará o mesmo com as canções das décadas seguintes. Imagino que vocês tocarão algumas músicas que não são tocadas há anos e que talvez nunca tenham sido tocadas ao vivo, certo?

JB: Faremos as duas coisas.

BB: Talvez.

JE: Isso é um segredo? A entrevista só será publicada daqui a 5 semanas ou mais e essw show se tornará histórico para quem comparecer.

BB: Nessa noite tocaremos pela primeira vez uma música de nosso 2° álbum de estúdio, Into The Unknown.

JE: Vocês já tocaram algumas músicas desse álbum, certo?

JB: Sim, tocamos alguma coisa e talvez tocaremos o começo, mas não o álbum inteiro. Até onde eu sei, acho que ele nunca foi tocado na íntegra.

BB: Talvez exista um motivo para isso, mas nós tocaremos as músicas de qualquer maneira.

JE: Estou entusiasmado para ouvir as músicas ao vivo embora nunca tenha gostado desse álbum.

BB: Eu nunca ouvi o álbum na íntegra, não tenho uma cópia original e só ouvi as músicas para aprender a tocá-las. Já que eu não sou o guitarrista original que a compôs, por que deveria tê-la ouvido antes?

JB: Esse é um álbum bom provavelmente para a banda errada.

JE: Um tributo para o Bad Religion foi lançado recentemente, intitulado Germs Of Perfection. Como vocês sentem ao ouvirem suas músicas intepretadas por outros grupos?

JB: Bom, achei muito estranho e a única música que realmente me fez ouvir duas vezes foi a versão do Frank Turner.

JE: Essa versão ficou muito boa, eu gostei.

JB: Eu gosto dele e por isso gostei de sua versão da nossa música. Houve muitos álbuns de tributos nos anos passados em diferentes lugares mas esse de longe é o mais divulgado. As pessoas têm ciência do que se trata esse trabalho.

JE: Vale a pena lembrar que você não precisa pagar e esse é o melhor marketing que existe.

BB: Você não pode combater o que é gratuito.

JB: Preciso te dizer uma coisa, tudo é de graça.

JE: Sim, eu me lembro do momento que me toquei que poderia baixar os livros sem pagar. Quando vou poder fazer o download de um sanduíche?

JB: O sabor não será muito bom.

JE: Li em entrevistas anteriores que nem todos os membros da banda sentem o mesmo sobre a mensagem em cada música no que diz respeito a política e religião. Vocês podem comentar algo mais específico sobre o assunto?

BB: Sim, eu posso. Certa vez Brett e eu estávamos conversando sobre uma música intitulada Hooray For Me (And Fuck You) e disse para ele que não concordava com essa filosofia porque não concordo com a idéia de viver para mim e os outros que se foda, entretanto entendi como ele se sentia quando escreveu a música. A questão é que a música trata de um assunto comum, de uma pessoa está com sua vida detonada por outra e fará o que quiser para ser quem quiser. Nesse caso eu não discordei totalmente com relação ao sentimento dele, eu apenas não sentir da mesma maneira. Em outra música, cujo título eu não me lembro, Graffin escreveu algo sobre Jesus e Hetson comentou que não poderia apoiar isso. A única vez que testemunhei uma discussão que chegou até esse ponto foi nessa ocasião, que aconteceu na época próxima do No Control e do Against The Grain.

JE: A letra era contra ou a favor de Jesus?

BB: Eles iam chamar isso de “O Jesus Canadense”.

JB: Os versos da letra eram os seguintes: Jesus / Por que você precisa ir e fazer isso / Jesus / Aonde você foi e conseguiu essas idéias estanhas. Eu respondi OK para o Brett, mas o Hetson disse um simples não. Nas mais de 280 música é muito raro sentir que alguma coisa está fora do lugar o suficiente para gerar uma discordância entre os membros da banda. Lembro de outra conversa, dessa vez com Graffin, sobre a música The Handshake. Comentei com ele que poderia construir uma interpretação totalmente diferente com as estrofes e os versos que ele tinha escrito. Graffin respondeu que nunca tinha pensado naquilo, e em seguida manipulou algumas palavras que mudaram completamente o sentido e trouxe uma nova interpretação totalmente diferente. Esses foram os únicos momentos nos quais me lembro de alguma discussão que envolveram a nossa mensagem.

JE: E você, Brian?

BB: Para responder a sua pergunta anterior, um fato pouco conhecido: não são todos os membros da banda que são ateus e nós co-existimos pacificamente.

JE: O mundo deveria aprender essa lição de você.

BB: Acho que seria fantástico se as pessoas pudessem se relacionar com essa diferença.

JB: Acho que todos nós temos diferentes níveis de fé.

BB: Diferentes níveis de fé e espiritualidade.

JB: Nós também compartilhamos idéias diferentes, embora politicamente nossos pensamentos sejam muito próximos.

BB: Bom, você deve ser de esquerda. Não há outro na banda.

JB: Tenho certeza absoluta que não é nenhum republicano escondido no Bad Religion.

JE: Não há nada tão engraçado como ou republicano punk.

JB: Bom, o Joe Escalante é um desses.

JE: Não é ele que está cuidando da parte jurídica da banda The Vandals?

JB: Sim, ele é um executivo da TV.

JE: Não sabia disso. Bom, vamos para a próxima pergunta. Qual foi um dos melhores shows que vocês lembram?

BB: O que fizemos em Montreal foi muito bom.

JB: O que fizemos há alguns dias?

BB: Esse mesmo.

JB: Hoje a noite deverá ser fantástico.

JE: Nesse caso você está prevendo o futuro.

JB: Caso eu não mantenha minha esperança pelo amanhã, o que estaria fazendo aqui e agora? As melhores apresentações que fizemos aconteceram há alguns anos e nada irá se aproximar delas. Recentemente tocamos para grandes audiências, na Alemanha havia mais de 110000 pessoas.

BB: Quando dividimos o palco com as bandas Pearl Jam no Soldiers Field, em Chicago, Illnois foi muito legal. Particularmente, quando eu toco em um estádio de futebol americano é sempre muito radical. Quero dizer, gostaria de participar do jogo mas a idéia de estr tocando minha guitarra no mesmo lugar que as pessoas estão vendo já me faz feliz.

JB: Em certos lugares, são coisas simples que tornam aquele momento emocionante. Quando tocamos pela primeira vez no CBGB’s durante a turnê Suffer que fizemos em 1988 foi muito inesquecível, assim como tocar no 9:30 Club. Ir até uma cidade e tocar em um clube onde você já ouviu muito a respeito e finalmente dizer para si mesmo que conseguimos chegar lá. Isso pode parecer nostálgico, mas é a realidade.

JE: Isso é uma nostalgia cheia de charme.

BB: Sim, pensar assim é muito mais charmoso. Acho que toquei aqui pela primeira vez em 1981 e esse local se tornou muito melhor do que era.

JE: Eles até instalaram uma televisão.

BB: Parece que alguém a derreteu, provavelmente foi a lâmpada de luz que não está mais ali. Lembro-me quando vim aqui era uma criança e quando toquei pelo Samhain a primeira vez aqui, olhei para o público e me dei conta de quanto o lugar era grande para mim. Agora o lugar não é tão grande como parecia ser mas a vibração continua a mesma e tocar continua ser legal mesmo para mim que sou um cara velho.

JE: Deduzo que vocês estão na casa dos 40, certo?

BB: Sim, tenho 45.

JB: 46.

JE: Como é tocar com 40 anos se comparado a época que vocês tinham 20?

BB: Tocar agora é meio que em slow motion.

JB: Tocar às vezes é estranho.

BB: Para mim agora é melhor porque tenho 45 anos e posso aproveitar e sentir o momento de tocar guitarra. Não fico mais pulando de um lado para o outro feito um retardado porque preciso colocar para fora toda a raiva que sinto dos meus pais e mostrar que sou um super grupo. Isso não é elegante, não é bom. Vamos tocar e fazer com que cada nota soe bem. Não tenho nada contra meu colega de banda Greg Hetson que não compartilha a mesma atitude do que eu, mas cheguei em uma fase que o que importa para mim é aproveitar o instrumento de uma maneira que eu não podia fazer anteriormente porque estava em um nível inferior de técnica. Antigamente se tratava de expressar toda a agressividade física e mental que sentia, mas agora tudo isso está muito mais sintetizado, e mesmo assim é algo poderoso, pelo menos para mim.

JE: Isso é ótimo.

BB: Além do mais, os palcos normalmente são pequenos, não tenho muito espaço para me movimentar.

JB: No palco sou muito mais ativo. Mesmo se estiver doente, estarei pulando de um lado para o outro para sentir a música e a vibração do público.

BB: Não queremos dizer que você precisa ficar parado que nem uma estátua. A questão é sobre o que você consegue fazer quando está fora de controle. Como você toca uma guitarra quando está no ar?

JB: Acho difícil explicar porque você pensa que quer muito fazer uma coisa e não consegue se imaginar fazendo aquilo. Contudo, quando você vai e faz, a sensação ruim vai embora. Isso pode parecer muito imaturo, entretanto é realmente o que fazemos. Pergunte-me para mim o que eu faço e responderei que é isso.

BB: Durante as turnês, aquele período de tempo de pouco mais de uma hora e meia que passo tocando no palco é o momento mais divertido do dia. As outras partes não são tão divertidas porque não gosto de ficar longe de casa e viajar já não é mais tão divertido porque eu praticamente já conheci todos os lugares. Contudo, tocar é estranho, é algo muito inesperado que acabe sempre se tornando muito divertido. Caso um dia eu perca a vontade de tocar, acho que precisarei pensar novamente na descrição do meu trabalho.

JB: Pensamos parecido nesse ponto. Um show pode se tornar ruim por causa de uma falha no equipamento ou algum outro problema, mas se você não se envolve com a música, não deposita seu espírito naquela apresentação, você estará apenas fazendo algo sem vontade e empurrando com a barriga apenas para se ver livre daquilo o mais breve possível.

JE: Como foi entrar em uma nova era da banda, quando Brett voltou para o grupo para gravar o álbum de estúdio The Process Of Belief?

BB: Senti um alívio incrível que não quis mais parar de sentir.

JE: Você está certo, com certeza deve ter sido uma solução.

BB: Eu já era fã da banda e sempre achei que com a presença dele o grupo seria melhor, com os dois dividindo o processo de composição das músicas. Gosto muito quando tocamos juntos mas isso só aconteceu cerca de dez, quinze vezes.

JE: O Brett não está muito disponível.

JB: Ele não está e deixou claro no começo da turnê que não poderia fazer parte do grupo em todas as datas porque ele não pode abandonar a gravadora para participar desse tipo de atividade. Colocamos o pé na estrada por oito meses ao ano e por isso fica impossível para ele.

BB: Por esse motivo ele faz o que é bom para ele e para nós: passa um tempo em casa escrevendo boas músicas.

JB: Isso é realmente muito bom.

JE: Vocês escutam as músicas de bandas mais recentes que tocam punk rock? Quais?

BB: Bom, as pessoas me perguntam isso e a minha concepção de banda nova é o The Bouncing Souls, só para você ter uma idéia de quão velho sou.

JE: A banda tem cerca de 20 anos.

BB: Exato.

JB: Eu gosto das bandas que já dividimos o palco. Eu realmente gosto das músicas dos grupos Gallows e Off With Their Heads, e de outras bandas que já vi tocar ao vivo mas que nem sei mais se estão se apresentando. Na minha época era mais fácil manter contato com os grupos porque participávamos de uma comunidade totalmente undeground. Você entende o que quero dizer? Naquela época você não se preocupava em oferecer um espetáculo porque você estava apenas tocando em um depósito e quebrando as coisas.

JE: As pessoas não se sentem felizes em fazer as coisas acontecerem, não há mais cenas.

JB: Bom, eu sempre assumo que há uma. Eu não faço parte, isso é óbvio, quando estou na minha cidade eu saio com as mesmas pessoas que saía no começo dos naos 80. Eles faziam parte da nossa cena e tenho ciência que existem outros jovens por aí fazendo a mesma coisa que fazíamos, organizando os shows, gravando os CDs de maneira independente.

JE: Acho que a atitude punk mudou com o passar dos anos. As pessoas se interessam mais pelos gêneros musicais hardcore, ska ou alguns rótulos híbridos, mas não se interessam pelo novo punk rock. Falo isso por experiência.

JB: Durante o final dos anos 80 até a primeira metade dos anos 90 todos usavram esses termos para definirem exatamente quem eles eram. Nós somos uma banda punk. A sua banda é de hardcore? Ska punk? O que vocês são? Eu não sei nem o que eu realmente sou. Você nunca saberá realmente que diabos você é. Por que tantos termos existem? Nunca ouvi tantos rótulos em toda a minha vida e começo a achar que sou uma mera banda de rock n’ roll porque não conseguimos nos encaixar nessas definições musicais. Bom, nós sabemos que pelo menos não tocamos country e nem disco.

JE: Espero que isso nunca aconteça.

JB: Fique tranqüilo, acho que isso não tem a mínima chance de acontecer.

JE: O que vocês tem a dizer sobre o álbum solo do Graffin, Cold As The Clay?

JB: Eu acho legal, é algo diferente e muito pessoal que ele ofereceu. Esse é o tipo de trabalho musical como o álbum de estúdio Into The Unknown. Seria muito mais interessante se ele tivesse lançado o trabalho sob o nome dele e não da banda, porque na época nós já tínhamos uma definição do que queríamos tocar.

JE: Qual é o seu álbum favorito?

JB: Essa é sempre uma pergunta muito difícil de responder. Eu gosto muito mais de um álbum devido ao seu processo de composição e gravação das faixas do que o resultado final das músicas. Gostei muito da criação do Suffer e do Process Of Belief porque foi quando o Brett voltou. Esses momentos foram fantásticos. Normalmente não tenho muito tempo para ouvir todas as faixas, pausar e voltar para ouvir uma ou outra. Nesse caso mais recente, terminamos a gravação, lançamos o álbum e já fomos para uma turnê pela Europa. Agora tive um tempo de sobra para ouvir as músicas e estou gostando muito.

BB: Eu dou nota B para o The Dissent Of Man.

JB: Não sei quando vou realmente aceitar e entender o álbum mais recente, mas provavelmente será quando começarmos a trabalhar em cima do nosso próximo álbum.

JE: E o seu Brian, qual é?

BB: Recipe For Hate. Esse é o meu favorito porque foi o primeiro álbum de estúdio que realmente ouvi e prestei atenção. Na verdade comprei a cópia original do How Could Hell Be Any Worse? quando ele foi lançado e no mesmo dia aproveitei para comprar uma cópia em formato LP do Jealous Again. Ele foi lançado em 1981, certo?

JB: 1982.

BB: Isso. Desde então nunca mais ouvi falar da banda. Na época não havia Internet e o grupo não veio mais para a Costa Leste até 1987 ou 1988. Depois me mudei para Los Angeles e naquele período estava mais interessado em ouvir bandas de metal. Por isso, o primeiro álbum de estúdio que no qual realmente me viciei foi o Recipe For Hate. Recebi uma fita K7 de graça da gravadora Epitaph e não saía mais do meu carro porque era nele que eu tinha o único rádio e não queria mais deixar de ouvir todas as faixas deste trabalho. Lembro-me que enquanto dirigia meu carro pensei: “Puxa vida, como foi um idiota. Caso tivesse mantido os membros do grupo Dag Nasty juntos, nos poderíamos ter sido tão bons quanto o Bad Religion.” Eu realmente disse isso para mim mesmo e desde então quis entrar para a banda, o que consegui cerca de um ano e meio depois. Por esses e outros motivos, amo esse álbum.

JE: Qual é a pior entrevista que fazem para vocês?

JB: Como a banda começou?

BB: Como vocês decidiram o nome?

JB: O que o logotipo significa?

BB: Você tem últimos comentários para fazer ou algo para adicionar?

JB: Essa é muito boa. Quando nos perguntam como decidimos o nome o grupo eu realmente não acredito que estão me perguntando isso.

JE: Parece que quem pergunta esse tipo de coisa não conhece a banda ou nunca leu nenhuma de suas entrevistas.

JB: Acho que as entrevistas não rendem muito quando não há uma discussão na mesa. Na maioria das entrevistas as opções de resposta são sim e não e aí fica aquela coisa chata e maçante.

JE: Você já participou de alguma entrevista na qual o entrevistador não sabia a mínima idéia do que ele estava fazendo?

JB: Sim, algumas vezes.

BB: Algumas vezes isso chega a ser divertido.

JB: Concordo.

JE: Nesse caso vocês podem dizer que a banda se formou nos anos 60 e que a avó de vocês tocaram no grupo por algum tempo.

JB: Nossa banda é o pior alvo para se perguntar sobre fatos porque nós sempre faremos a mesma coisa caso sejamos perguntados sobre, por exemplo, de onde viemos. Responderemos brincando que somos da cidade de Milwaukee. Muitas dessas perguntas já foram feitas e quem sabe, sabe. Quem não sabe e pergunta faz eu pensar que é muito estranho que aquela pessoa tenha sido escolhida para nos entrevistar.

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