Data: 26/10/10
Título: Milo Aukerman (The Descendents Interview)
Tradutor: ThiagoSNFU
Veículo: Medicinal Relevance For You
Link: http://mrfy.tumblr.com/post/1408509284/milo-aukerman-the-descendents-interview
Entrevistador: Está muito bem documentado que você investiu o intervalo entre os álbuns de estúdio Milo Goles To College e I Don’t Want To Grow Up na faculdade e distante da banda. Como as primeiras experiências longe do grupo e o costume de viver fazendo turnês afetaram o que aconteceria depois? Em algum momento da sua vida, você sentiu dúvida em algum aspecto da sua carreira no começo das apresentações?
Milo Aukerman: O primeiro hiatus, que aconteceu entre 1983 e 1984, foi crucial para a minha decisão de sempre levar uma vida fora do contexto musical. Naquela época cheguei a conclusão que eu era tão apaixonado pela ciência quanto pela música, e os dois assuntos começaram a duelar dentro de mim como um jogo de cabo de guerra, algo que acontece até os dias atuais. Além desse conflito de paixões, a dúvida contribuiu muito para as minhas vacilações científicas e musicais. Nunca levei a sério levar uma carreira musical, portanto a idéia de ser um músico poderia ser facilmente colocada dentro de uma gaveta. Da mesma maneira, não tinha a mínima certeza de onde eu conseguiria trabalhar como cientista, o que felizmente acabou acontecendo. Eu me sinto muito agradecido pelas coisas que saíram bem, ainda que eu não tenha me comprometido integralmente a uma ou outra.
E: A arte da capa do primeiro álbum de estúdio é um esboço de seu rosto?
MA: Sim, isso foi uma idéia do Bill Stevenson. Quando começamos a gravar as músicas, ele já sabia que eu ficaria por fora por alguns meses devido à academia e por isso ele teve essa idéia. Como piada, ele chama esse álbum de “Milo Jumps Ship”*. Entramos em contato com um amigo nosso, o Jeff Atkinson, e pedimos para ele criar o desenho. O desenho foi baseado em uma arte de outro amigo nosso, Rodger Deuerlein, que já desenhava imagens nos tempos de colégio por pura diversão e intitulava elas de “The Misadvenures Of Milo”**.
E: Depois de uma rápida pesquisa na Internet, notei que vários flyers que divulgam várias datas presentações com as bandas Bad Religion, Black Flag, Circle Jerks, D.O.A., Hüsker Du e The Minutemen em um mesmo local. Pessoas da minha idéia geralmente ficariam com dúvida se um show desses realmente aconteceu. Após todos esses anos, quais foram as bandas mais legais que o Descendentes já dividiu o palco em uma mesma data e local?
MA: Não sei se essas apresentações realmente aconteceram mas se isso aconteceu foi quando dividimos o palco com os grupos Black Flag, Hüsker Du, Red Cross, Saccharine Trust e The Minutemen. Tocávamos direto com essas bandas entre 1980 e 1983 e talvez esse tenha sido o mais divertido. Outro que eu me lembro foi no restaurante Mi Casita, em Torrance, cidade localizada no estado da Calfórnia, tocamos com o Black Flag, Hüsker Du, Red Cross e St Vitus. Guardei dezenas de fotos e arquivos de vídeo dessa apresentação.
E: O gênero musical punk rock esteve sempre em mudança. O que ele significou com o Black Flag em 1984, com o NOFX em 1996 e com a banda Set Your Goals em 2010 difere muito nesses três períodos. Qual é a semelhança entre essas bandas que completam esse entrevalos? Haverá sempre alguma coisa que será punk?
MA: Diria que a postura do DIY***, que era definitivamente verdadeira nas eras das bandas Black Flag e NOFX. Não posso dizer nada que se aplique a terceira banda que você mencionou porque nunca ouvi falar dela. Sinto que esse espírito autônomo ainda existe em algumas bandas que participam de suas respectivas cenas, mas infelizmente isso acontece menos devido a “corporação punk” que claramente deixa a desejar no espírito independente.
E: Não há duvida que você se inspirou em artistas para recriar sua maneira de cantar e tocar . Como você se sente sendo a fonte de inspiração, sabendo que as letras de suas músicas causam tanto impacto na vida de pessoas que você nem conhece?
MA: Eu sinto que deveria ter entrado em contato com os meus heróis e ter contado para eles como eles me mudaram, da mesma maneira que as pessoas fizeram e fazem comigo. Tenho certeza que a reação que meus heróis teriam seria a mesma que tenho: confusão, excitação, gratidão. Excitação porque trata-se de mais uma celebração do poder da música que de geração em geração inspira a todos. Gratidão porque nunca imaginei que as pessoas encontrariam uma conexão tão forte com nossa música. Por fim, confusão porque não consigo descobrir como ou porque, tudo isso apenas aconteceu.
E: Quando vocês decidiram lançar um novo trabalho em 2004, como começou o relacionamento da banda com a gravadora Fat Wreck Chords?
MA: Somos amigos do Fat Mike desde os anos 80, mostramos para ele que estávamos preparando um álbum e ele realmente se mostrou disposto a lançá-lo. Uma situação dessas é muito ótima para a banda, somos fãs do NOFX e eles são nossos fãs. Não há como pedir um relacionamento de trabalho melhor do que esse.
E: O grupo se apresentará em algumas datas na Austrália no mês de Dezembro. Como vocês se preparam que vocês precisam fazer já que estão voltando aos palcos depois de alguns anos sem tocar? Como será essa pausa na sua carreira profissional como cientista?
MA: A idéia é não parar com a minha carreira como cientista. Eu não tenho planos de fazer uma turnê. Os shows australianos são uma espécie de exceção e esse será o único modo que a banda irá se apresentar de agora em diante. No momento estamos ensaiando e nos preparando para o exame, para esses shows. Para mim, o mais importante é deixar minha voz mais consistente e poderosa, não quero estourá-la após o primeiro show. Voltar para casa mais cedo seria muito chato.
E: Existem planos de shows seguintes aos que acontecerão na Austrália?
MA: Vamos ver, estou com pouco tempo para me ausentar do meu trabalho. Não expere uma turnê abrangente, mas apenas alguns shows aqui e ali.
I: Está claro que a banda Blink 182 foi muito influenciada pelos Descendents. Quando foi o seu primeiro contato com eles e qual é a sua opinião sobre a cópia do som?
MA: Conheci eles na edição de 1997 da turnê Warped Tour. Até então eu nunca tinha ouvido falar da banda mas julgando pela multidão o grupo estava se tornando grande. Eles tinham acabado de lançar o álbum Dude Ranch e até que gostei da música, reconheci a influência da banda da qual participo. Eu não me importo que outras bandas emprestem o nosso som para criar sua própria música até porque nos fizemos isso e recriamos o que achamos ser necessário. De qualquer forma é rock ‘n roll, os mesmos três acordes de sempre.
E: Você criou música nos últimos trinta anos. Qual foi o momento na sua carreira que mais de encheu de orgulho?
MA: O momento foi quando respondi a uma entrevista sobre sexo para a revista Playboy. Esse foi o ápice do meu sucesso!
I: Caso alguém nunca tivesse escutado nenhuma música da sua banda, qual seria o álbum que você recomendaria?
MA: Provavelmente recomendaria Somery, porque é uma compilação e trás um pouco de tudo.
E: Pode-se dizer que com a banda ALL o som se tornou mais pop. A progressão aconteceu de maneira deliberada oi foi algo natural?
MA: Foi natural. Cresci ouvindo as bandas The Beach Boys e The Beatles e nós nos sentimos muita satisfação em escrever esse tipo de músicas. Há um elemento visceral em escrever músicas pop que não pode ser batido: a lírica e a melodia que expressa uma emoção intensa.
E: Você consegiu sucesso em todos os campos profissionais que decidiu atravessar. Quais são os planos para o futuro?
MA: Tenho filhos de seis e oito anos, isso é um pouco banal e entediante, mas eles são o meu foco, o meu futuro. Não sou de fato muito ambicioso, tento apenas ser criativo em tudo o que faço e procuro encontrar um sentido para a minha vida a cada momento. Meus filhos são uma espécie de tomada para a minha criatividade e continuarão sendo por algum tempo. Assim que eles se tornarem independentes e saírem de casa, talvez conquistarei o mundo.
E: Você está surpreso com o repentino interesse em cópias originais em formato vinil que surgiu na população de um modo geral?
MA: Acho legal. Tenho várias cópias de bandas punks e as guardo com cuidado porque não tenho dúvida que o som fica melhor nesse formato. Diferente do que faço agora, nunca cuidei muito bem dos discos mas parece que o som fica melhor mesmo com os riscos.
E: Fecharei a entrevista perguntando sobre algo que perguntei recentemente para Henry Rollins. As pessoas enxergam a cena dos anos 80 com certo romance, como uma utopia musical que abriu caminho para as bandas atuais. Para fechar as minhas perguntas, pergunto francamente, tudo era tão divertido como as pessoas querem acreditar que foi?
MA: Com certeza! Você precisa lembrar que naquela época as corporações de gravadoras ainda não tinham roubado toda a diversão. Havia ingenuidade entre os membros das bandas, todos tocavam porque aquele era um momento de encontrar os amigos, dar umas voltas, sem a idéia de entrar na lista top 40 da Bilboard ou algo do tipo. Essa falta de expectativa por sucesso comercial foi acabando com o surgimento de novas bandas que começaram a sonoramente se parecer totalmente diferente com as anteriores. Mencionei shows emocionantes ao lado de grupos como Black Flag e The Minutemen porque eram eles que se preocupavam com nós, eram eles que agendavam as apresentações e nos incentivavam com a gravação de músicas. Sinto-me muito agradecido e feliz por ter feito parte disso.
* O significado do phrasal verb “jumps ship” é abandonar um posto ou trabalho, em alguns casos um barco. Nesse caso, Milo estava abandonando a banda, mas os membros restantes continuariam ou ao menos tentariam guiar o barco.
** “The Misadventures Of Milo”, significa em português, “As Desaventuras De Milo”.
*** “DIY” ou “Do It Yourself”, significa em português, faça você mesmo. A postura era comum entre bandas punk que agendavam suas próprias apresentações e gravavam seus próprios álbuns devido a questões artísticas e financeiras
Milo Aukerman: O primeiro hiatus, que aconteceu entre 1983 e 1984, foi crucial para a minha decisão de sempre levar uma vida fora do contexto musical. Naquela época cheguei a conclusão que eu era tão apaixonado pela ciência quanto pela música, e os dois assuntos começaram a duelar dentro de mim como um jogo de cabo de guerra, algo que acontece até os dias atuais. Além desse conflito de paixões, a dúvida contribuiu muito para as minhas vacilações científicas e musicais. Nunca levei a sério levar uma carreira musical, portanto a idéia de ser um músico poderia ser facilmente colocada dentro de uma gaveta. Da mesma maneira, não tinha a mínima certeza de onde eu conseguiria trabalhar como cientista, o que felizmente acabou acontecendo. Eu me sinto muito agradecido pelas coisas que saíram bem, ainda que eu não tenha me comprometido integralmente a uma ou outra.
E: A arte da capa do primeiro álbum de estúdio é um esboço de seu rosto?
MA: Sim, isso foi uma idéia do Bill Stevenson. Quando começamos a gravar as músicas, ele já sabia que eu ficaria por fora por alguns meses devido à academia e por isso ele teve essa idéia. Como piada, ele chama esse álbum de “Milo Jumps Ship”*. Entramos em contato com um amigo nosso, o Jeff Atkinson, e pedimos para ele criar o desenho. O desenho foi baseado em uma arte de outro amigo nosso, Rodger Deuerlein, que já desenhava imagens nos tempos de colégio por pura diversão e intitulava elas de “The Misadvenures Of Milo”**.
E: Depois de uma rápida pesquisa na Internet, notei que vários flyers que divulgam várias datas presentações com as bandas Bad Religion, Black Flag, Circle Jerks, D.O.A., Hüsker Du e The Minutemen em um mesmo local. Pessoas da minha idéia geralmente ficariam com dúvida se um show desses realmente aconteceu. Após todos esses anos, quais foram as bandas mais legais que o Descendentes já dividiu o palco em uma mesma data e local?
MA: Não sei se essas apresentações realmente aconteceram mas se isso aconteceu foi quando dividimos o palco com os grupos Black Flag, Hüsker Du, Red Cross, Saccharine Trust e The Minutemen. Tocávamos direto com essas bandas entre 1980 e 1983 e talvez esse tenha sido o mais divertido. Outro que eu me lembro foi no restaurante Mi Casita, em Torrance, cidade localizada no estado da Calfórnia, tocamos com o Black Flag, Hüsker Du, Red Cross e St Vitus. Guardei dezenas de fotos e arquivos de vídeo dessa apresentação.
E: O gênero musical punk rock esteve sempre em mudança. O que ele significou com o Black Flag em 1984, com o NOFX em 1996 e com a banda Set Your Goals em 2010 difere muito nesses três períodos. Qual é a semelhança entre essas bandas que completam esse entrevalos? Haverá sempre alguma coisa que será punk?
MA: Diria que a postura do DIY***, que era definitivamente verdadeira nas eras das bandas Black Flag e NOFX. Não posso dizer nada que se aplique a terceira banda que você mencionou porque nunca ouvi falar dela. Sinto que esse espírito autônomo ainda existe em algumas bandas que participam de suas respectivas cenas, mas infelizmente isso acontece menos devido a “corporação punk” que claramente deixa a desejar no espírito independente.
E: Não há duvida que você se inspirou em artistas para recriar sua maneira de cantar e tocar . Como você se sente sendo a fonte de inspiração, sabendo que as letras de suas músicas causam tanto impacto na vida de pessoas que você nem conhece?
MA: Eu sinto que deveria ter entrado em contato com os meus heróis e ter contado para eles como eles me mudaram, da mesma maneira que as pessoas fizeram e fazem comigo. Tenho certeza que a reação que meus heróis teriam seria a mesma que tenho: confusão, excitação, gratidão. Excitação porque trata-se de mais uma celebração do poder da música que de geração em geração inspira a todos. Gratidão porque nunca imaginei que as pessoas encontrariam uma conexão tão forte com nossa música. Por fim, confusão porque não consigo descobrir como ou porque, tudo isso apenas aconteceu.
E: Quando vocês decidiram lançar um novo trabalho em 2004, como começou o relacionamento da banda com a gravadora Fat Wreck Chords?
MA: Somos amigos do Fat Mike desde os anos 80, mostramos para ele que estávamos preparando um álbum e ele realmente se mostrou disposto a lançá-lo. Uma situação dessas é muito ótima para a banda, somos fãs do NOFX e eles são nossos fãs. Não há como pedir um relacionamento de trabalho melhor do que esse.
E: O grupo se apresentará em algumas datas na Austrália no mês de Dezembro. Como vocês se preparam que vocês precisam fazer já que estão voltando aos palcos depois de alguns anos sem tocar? Como será essa pausa na sua carreira profissional como cientista?
MA: A idéia é não parar com a minha carreira como cientista. Eu não tenho planos de fazer uma turnê. Os shows australianos são uma espécie de exceção e esse será o único modo que a banda irá se apresentar de agora em diante. No momento estamos ensaiando e nos preparando para o exame, para esses shows. Para mim, o mais importante é deixar minha voz mais consistente e poderosa, não quero estourá-la após o primeiro show. Voltar para casa mais cedo seria muito chato.
E: Existem planos de shows seguintes aos que acontecerão na Austrália?
MA: Vamos ver, estou com pouco tempo para me ausentar do meu trabalho. Não expere uma turnê abrangente, mas apenas alguns shows aqui e ali.
I: Está claro que a banda Blink 182 foi muito influenciada pelos Descendents. Quando foi o seu primeiro contato com eles e qual é a sua opinião sobre a cópia do som?
MA: Conheci eles na edição de 1997 da turnê Warped Tour. Até então eu nunca tinha ouvido falar da banda mas julgando pela multidão o grupo estava se tornando grande. Eles tinham acabado de lançar o álbum Dude Ranch e até que gostei da música, reconheci a influência da banda da qual participo. Eu não me importo que outras bandas emprestem o nosso som para criar sua própria música até porque nos fizemos isso e recriamos o que achamos ser necessário. De qualquer forma é rock ‘n roll, os mesmos três acordes de sempre.
E: Você criou música nos últimos trinta anos. Qual foi o momento na sua carreira que mais de encheu de orgulho?
MA: O momento foi quando respondi a uma entrevista sobre sexo para a revista Playboy. Esse foi o ápice do meu sucesso!
I: Caso alguém nunca tivesse escutado nenhuma música da sua banda, qual seria o álbum que você recomendaria?
MA: Provavelmente recomendaria Somery, porque é uma compilação e trás um pouco de tudo.
E: Pode-se dizer que com a banda ALL o som se tornou mais pop. A progressão aconteceu de maneira deliberada oi foi algo natural?
MA: Foi natural. Cresci ouvindo as bandas The Beach Boys e The Beatles e nós nos sentimos muita satisfação em escrever esse tipo de músicas. Há um elemento visceral em escrever músicas pop que não pode ser batido: a lírica e a melodia que expressa uma emoção intensa.
E: Você consegiu sucesso em todos os campos profissionais que decidiu atravessar. Quais são os planos para o futuro?
MA: Tenho filhos de seis e oito anos, isso é um pouco banal e entediante, mas eles são o meu foco, o meu futuro. Não sou de fato muito ambicioso, tento apenas ser criativo em tudo o que faço e procuro encontrar um sentido para a minha vida a cada momento. Meus filhos são uma espécie de tomada para a minha criatividade e continuarão sendo por algum tempo. Assim que eles se tornarem independentes e saírem de casa, talvez conquistarei o mundo.
E: Você está surpreso com o repentino interesse em cópias originais em formato vinil que surgiu na população de um modo geral?
MA: Acho legal. Tenho várias cópias de bandas punks e as guardo com cuidado porque não tenho dúvida que o som fica melhor nesse formato. Diferente do que faço agora, nunca cuidei muito bem dos discos mas parece que o som fica melhor mesmo com os riscos.
E: Fecharei a entrevista perguntando sobre algo que perguntei recentemente para Henry Rollins. As pessoas enxergam a cena dos anos 80 com certo romance, como uma utopia musical que abriu caminho para as bandas atuais. Para fechar as minhas perguntas, pergunto francamente, tudo era tão divertido como as pessoas querem acreditar que foi?
MA: Com certeza! Você precisa lembrar que naquela época as corporações de gravadoras ainda não tinham roubado toda a diversão. Havia ingenuidade entre os membros das bandas, todos tocavam porque aquele era um momento de encontrar os amigos, dar umas voltas, sem a idéia de entrar na lista top 40 da Bilboard ou algo do tipo. Essa falta de expectativa por sucesso comercial foi acabando com o surgimento de novas bandas que começaram a sonoramente se parecer totalmente diferente com as anteriores. Mencionei shows emocionantes ao lado de grupos como Black Flag e The Minutemen porque eram eles que se preocupavam com nós, eram eles que agendavam as apresentações e nos incentivavam com a gravação de músicas. Sinto-me muito agradecido e feliz por ter feito parte disso.
* O significado do phrasal verb “jumps ship” é abandonar um posto ou trabalho, em alguns casos um barco. Nesse caso, Milo estava abandonando a banda, mas os membros restantes continuariam ou ao menos tentariam guiar o barco.
** “The Misadventures Of Milo”, significa em português, “As Desaventuras De Milo”.
*** “DIY” ou “Do It Yourself”, significa em português, faça você mesmo. A postura era comum entre bandas punk que agendavam suas próprias apresentações e gravavam seus próprios álbuns devido a questões artísticas e financeiras
Um comentário:
Amazing!
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