Data: 08/11/2010
Título: Interviews: Jordan Burns (Strung Out)
Tradutor: ThiagoSNFU
Veículo: PunkNews.ORG
Link: http://www.punknews.org/article/40521
A banda Strung Out possui talento, longevidade e uma ética de trabalho forte. Como prova disso, o grupo ainda está colhendo o sucesso do álbum Agents Of The Undeground, lançado no ano passado e ainda aclamado pela maioria de seus fãs. Jason Epstein, entrevistador do site PunkNews.ORG, conversou com o baterista Jordan Burns sobre os planos futuros do grupo e a van que fora roubada, após a apresentação da banda em Nova Iorque no dia 17 de setembro.
Jason Epstein: O que a banda mais gosta de fazer para se divertir durante as turnês?
Jason Burns: Nós assistimos muitos filmes idiotas, a maioria deles é escolhida pelo nosso baixista, o Chris. Ouvimos músicas de diferentes gêneros musicais, como por exemplo, a dupla Daryl Hall e John Oates, músicas do tipo que você não imagina que algum membro da sua banda escute. Nós fumamos muita maconha mas esse costume não é só culpa minha e adoramos comer nas lanchonetes Steak ‘n Shake. Isso é tudo o que consigo lembrar nesse momento.
JE: O furto é o tipo de coisa muito perigosa que acontece com nômades como vocês. Há alguns anos, a van de vocês foi furtada. Demorou muito para se recuperar do que aconteceu e o que vocês estão fazendo de diferente desde o ocorrido?
JB: Bom, felizmente nós tivemos e ainda temos muitos e ótimos patrocinadores que nos ajudaram a recuperar os nossos instrumentos. Nós fizemos uma apresentação beneficente na qual vendemos todos os ingressos e no qual muitos fãs nos ajudaram. A ajuda de nossos fãs foi realmente muito essencial. Contudo, pensando bem não acho que recuperamos tudo o que perdemos. Muitas peças de toda a nossa aparelhagem ainda não foram substituídas mas isso não nos impediu de continuar fazendo o que mais gostamos. Agora nós tomamos maior precaução e nós asseguramos que o veículo está trancado, que o alarme está ligado e outras coisas secretas que não precisam ser mencionadas. Pensamos muito mais antes de estacionar em algum lugar e também nos diferentes hotéis onde dormimos.
JE: Durante o processo de composição das músicas que fazem parte dos álbuns de estúdio, qual membro trais mais elementos de algum gênero musical? Quem mais introduz metal, hardcore, pop punk e skate punk?
JB: Acho que não existe um membro que contribua com um gênero específico. O processo de composição é um esforço duro que o grupo faz no qual cada um de seus membros trás diferentes elementos. Nós damos um significado puro e sincero para a palavra “banda” porque nós cinco damos cada um a sua pitada de contribuição. Nosso produtor também participa desse processo e nos compartilha toda a sua criatividade que adicionamos para uma deliciosa e verdadeira salada.
JE: Agora que o último álbum de estúdio da banda já completou um ano, qual é a reação que o grupo teve a respeito de suas melodias, da mensagem, como foi a recepção por parte dos fãs?
JB: Eu estava muito ansioso na época do lançamento e nosso produtor fez um ótimo trabalho durante o processo da pré-produção. Fui o último membro a gravar a parte que me cabia porque quebrei o polegar três dias antes da data marcada para começar todo o processo. Algo diferente que no final deu certo. O nosso objetivo obviamente é desafiar nós mesmos e fazer o melhor para continuar criando músicas melhores, para que nossos fãs e a crítica de um modo geral achem melhor do que em um trabalho anterior. Estamos muito satisfeitos com o que apresentamos em Agents Of The Undeground e com o rumo que musicalmente escolhemos. A maioria das bandas dizem que esse ou aquele é o melhor álbum que já fizeram, contudo falar é fácil e esse julgamento não é tarefa de uma banda e sim de seus fãs. Nosso último álbum recebeu boas críticas e isso nos anima muito, nos deixa muito orgulhosos.
JE: Qual foi a turnê que mais cansou a banda?
JB: Nós acabamos de fazer uma turnê com a banda Dropkick Murphys que foi muito cansativa. Os fãs deles são do tipo torcedores de esportes ou algo do tipo. Parece que eles não se importam com mais nada, a não ser o Dropkick Murphys. Amamos essa banda, estamos impressionados com seu sucesso e todos seus membros são gente boa. Estávamos ansiosos para fazer aquela turnê mas aqueles fãs são realmente loucos e difíceis de se lidar. Essa realmente foi uma turnê que nos deixou exaustos. Em outra ocasião participamos de uma turnê na qual compramos uma van de péssima qualidade em Boston antes de entrarmos no Canadá. Nossos amigos da banda Evergreen Terrace nos ajudaram muito nos guiando durante aquela turnê. Apesar de tudo, esses momentos foram muito bons.
JE: Existem b-sides do mais recente trabalho da banda?
JB: Temos algumas músicas, mas a banda julgou que algumas músicas seriam desnecessárias para esse álbum. Escolhemos as canções certas para fazer um álbum muito legal que faz você viajar do passado da banda até o pesente.
JE: Você diria que as músicas que não foram escolhidas são do tipo que gerariam certo embaraço para a banda?
JB: A questão não é sobre um material que nos envergonharia, trata-se da progressão da arte e do artista. Criamos algumas músicas que nos remeteram ao começo dos anos 90 e não posso dizer que esse é um material que nos deixaria embaraçados porque todo esse processo faz parte do nosso crescimento como uma banda e como músicos. Sinto-me orgulhoso por tudo o que fizemos.
JE: Quais músicos servem como inspiração para você?
JB: Pessoalmente, no caso na bateria, a minha inspiração vem de outros bateristas. Existem ótimos exemplos como o Terry da banda Rufio e Etienne do grupo Mute. Você analisa bateristas como esses tocando e aí se sente muito inspirado. Dean Butterworth, membro da banda Good Charlotte é um grande amigo meu e como moramos próximos um ao outro tocamos bateria sempre que possível. Ele manda muito bem e com certeza também me ajuda a ser mais criativo.
JE: Qual foi a pior pergunta de entrevista que já fizeram para você?
JB: Estou definitivamente cansado de responder quais são as minhas influências porque já nos fizeram essa pergunta tantas vezes e uma entrevista pode se tornar realmente cansativa por causa de perguntas que se repetem. Mesmo que você se sinta aborrecido você continua respondendo para divulgar a sua banda, o que é muito válido. As pessoas tem memória curta por isso você pode ser facilmente esquecido. Felizmente nós temos uma base de fãs muito grande e como prova disso basta observar o número de tatuagens com o símbolo do grupo espalhado nos corpos das pessoas.
JE: O que o futuro reserva para o Strung Out?
JB: Acredito que daqui para frente a banda se tornará definitivamente mais forte. Somos felizes porque temos a possibilidade de fazer turnês e tocar para pessoas que estão interessadas na nossa música. Acredito que enquanto seja possível criar músicas e colocar o pé na estrada para divulgá-las, não há razão para parar. Tenho consciência que existem muitos lugares que ainda não tocamos, mas que gostaríamos de nos apresentar como em países como a África do Sul, o México e a Rússia. O engraçado é ler algumas mensagens no fórum do site nas quais as pessoas dizem que a banda está acabando ou coisa do tipo. Nós nunca conversamos sobre isso e o sentimento de longevidade nos faz muito bem.
JE: Você gostaria de deixar uma última mensagem?
JB: Gostaria de mencionar que estaremos nos apresentando na casa de shows House Of Blues, em Los Angeles, no dia 19 de novembro para celebrar o 10° aniversário do álbum de estúdio Element Of Sonic Defiance. Tocaremos oito faixas desse álbum e isso será muito incrível. Nossos fãs podem nos seguir na nossa página oficial no site Twitter ou me seguirem no mesmo site. Escutem a banda Mute porque eles manda muito bem. Escute também uma banda nova, Danger Friends, cuja origem é a mesma que a nossa, Simi Valley, Califórnia. O som que eles tocam é muito diferente e legal. Obrigado pela entrevista e já agradeço a todos que comparecerem nos nossos shows.
MySpace Mute - MySpace Danger Friends - Twitter Jordan Burns - Twitter Strung Out
JE: O furto é o tipo de coisa muito perigosa que acontece com nômades como vocês. Há alguns anos, a van de vocês foi furtada. Demorou muito para se recuperar do que aconteceu e o que vocês estão fazendo de diferente desde o ocorrido?
JB: Bom, felizmente nós tivemos e ainda temos muitos e ótimos patrocinadores que nos ajudaram a recuperar os nossos instrumentos. Nós fizemos uma apresentação beneficente na qual vendemos todos os ingressos e no qual muitos fãs nos ajudaram. A ajuda de nossos fãs foi realmente muito essencial. Contudo, pensando bem não acho que recuperamos tudo o que perdemos. Muitas peças de toda a nossa aparelhagem ainda não foram substituídas mas isso não nos impediu de continuar fazendo o que mais gostamos. Agora nós tomamos maior precaução e nós asseguramos que o veículo está trancado, que o alarme está ligado e outras coisas secretas que não precisam ser mencionadas. Pensamos muito mais antes de estacionar em algum lugar e também nos diferentes hotéis onde dormimos.
JE: Durante o processo de composição das músicas que fazem parte dos álbuns de estúdio, qual membro trais mais elementos de algum gênero musical? Quem mais introduz metal, hardcore, pop punk e skate punk?
JB: Acho que não existe um membro que contribua com um gênero específico. O processo de composição é um esforço duro que o grupo faz no qual cada um de seus membros trás diferentes elementos. Nós damos um significado puro e sincero para a palavra “banda” porque nós cinco damos cada um a sua pitada de contribuição. Nosso produtor também participa desse processo e nos compartilha toda a sua criatividade que adicionamos para uma deliciosa e verdadeira salada.
JE: Agora que o último álbum de estúdio da banda já completou um ano, qual é a reação que o grupo teve a respeito de suas melodias, da mensagem, como foi a recepção por parte dos fãs?
JB: Eu estava muito ansioso na época do lançamento e nosso produtor fez um ótimo trabalho durante o processo da pré-produção. Fui o último membro a gravar a parte que me cabia porque quebrei o polegar três dias antes da data marcada para começar todo o processo. Algo diferente que no final deu certo. O nosso objetivo obviamente é desafiar nós mesmos e fazer o melhor para continuar criando músicas melhores, para que nossos fãs e a crítica de um modo geral achem melhor do que em um trabalho anterior. Estamos muito satisfeitos com o que apresentamos em Agents Of The Undeground e com o rumo que musicalmente escolhemos. A maioria das bandas dizem que esse ou aquele é o melhor álbum que já fizeram, contudo falar é fácil e esse julgamento não é tarefa de uma banda e sim de seus fãs. Nosso último álbum recebeu boas críticas e isso nos anima muito, nos deixa muito orgulhosos.
JE: Qual foi a turnê que mais cansou a banda?
JB: Nós acabamos de fazer uma turnê com a banda Dropkick Murphys que foi muito cansativa. Os fãs deles são do tipo torcedores de esportes ou algo do tipo. Parece que eles não se importam com mais nada, a não ser o Dropkick Murphys. Amamos essa banda, estamos impressionados com seu sucesso e todos seus membros são gente boa. Estávamos ansiosos para fazer aquela turnê mas aqueles fãs são realmente loucos e difíceis de se lidar. Essa realmente foi uma turnê que nos deixou exaustos. Em outra ocasião participamos de uma turnê na qual compramos uma van de péssima qualidade em Boston antes de entrarmos no Canadá. Nossos amigos da banda Evergreen Terrace nos ajudaram muito nos guiando durante aquela turnê. Apesar de tudo, esses momentos foram muito bons.
JE: Existem b-sides do mais recente trabalho da banda?
JB: Temos algumas músicas, mas a banda julgou que algumas músicas seriam desnecessárias para esse álbum. Escolhemos as canções certas para fazer um álbum muito legal que faz você viajar do passado da banda até o pesente.
JE: Você diria que as músicas que não foram escolhidas são do tipo que gerariam certo embaraço para a banda?
JB: A questão não é sobre um material que nos envergonharia, trata-se da progressão da arte e do artista. Criamos algumas músicas que nos remeteram ao começo dos anos 90 e não posso dizer que esse é um material que nos deixaria embaraçados porque todo esse processo faz parte do nosso crescimento como uma banda e como músicos. Sinto-me orgulhoso por tudo o que fizemos.
JE: Quais músicos servem como inspiração para você?
JB: Pessoalmente, no caso na bateria, a minha inspiração vem de outros bateristas. Existem ótimos exemplos como o Terry da banda Rufio e Etienne do grupo Mute. Você analisa bateristas como esses tocando e aí se sente muito inspirado. Dean Butterworth, membro da banda Good Charlotte é um grande amigo meu e como moramos próximos um ao outro tocamos bateria sempre que possível. Ele manda muito bem e com certeza também me ajuda a ser mais criativo.
JE: Qual foi a pior pergunta de entrevista que já fizeram para você?
JB: Estou definitivamente cansado de responder quais são as minhas influências porque já nos fizeram essa pergunta tantas vezes e uma entrevista pode se tornar realmente cansativa por causa de perguntas que se repetem. Mesmo que você se sinta aborrecido você continua respondendo para divulgar a sua banda, o que é muito válido. As pessoas tem memória curta por isso você pode ser facilmente esquecido. Felizmente nós temos uma base de fãs muito grande e como prova disso basta observar o número de tatuagens com o símbolo do grupo espalhado nos corpos das pessoas.
JE: O que o futuro reserva para o Strung Out?
JB: Acredito que daqui para frente a banda se tornará definitivamente mais forte. Somos felizes porque temos a possibilidade de fazer turnês e tocar para pessoas que estão interessadas na nossa música. Acredito que enquanto seja possível criar músicas e colocar o pé na estrada para divulgá-las, não há razão para parar. Tenho consciência que existem muitos lugares que ainda não tocamos, mas que gostaríamos de nos apresentar como em países como a África do Sul, o México e a Rússia. O engraçado é ler algumas mensagens no fórum do site nas quais as pessoas dizem que a banda está acabando ou coisa do tipo. Nós nunca conversamos sobre isso e o sentimento de longevidade nos faz muito bem.
JE: Você gostaria de deixar uma última mensagem?
JB: Gostaria de mencionar que estaremos nos apresentando na casa de shows House Of Blues, em Los Angeles, no dia 19 de novembro para celebrar o 10° aniversário do álbum de estúdio Element Of Sonic Defiance. Tocaremos oito faixas desse álbum e isso será muito incrível. Nossos fãs podem nos seguir na nossa página oficial no site Twitter ou me seguirem no mesmo site. Escutem a banda Mute porque eles manda muito bem. Escute também uma banda nova, Danger Friends, cuja origem é a mesma que a nossa, Simi Valley, Califórnia. O som que eles tocam é muito diferente e legal. Obrigado pela entrevista e já agradeço a todos que comparecerem nos nossos shows.
MySpace Mute - MySpace Danger Friends - Twitter Jordan Burns - Twitter Strung Out
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