2010/10/22

Entrevista: Strike Anywhere

Autor: Brian Frost, John Marullo
Data: 22/10/2010
Título: Interviews: Strike Anywhere
Tradutor: ThiagoSNFU
Veículo: PunkNews.ORG
Link: http://www.punknews.org/article/40320

Continuando a nossa série de entrevistas feitas durante a edição desse ano do festival The Fest, o site PunkNews.ORG orgulhosamente apresenta Brian Frost e John Marullo (do Protagonist) entrevistando a banda Strike Anywwhere. Os dois apresentam uma breve introdução:

Desde a sua formação em 1999, o grupo consegiu deixar a sua marca na cena punk, internacionalmente e em todos os Estados Unidos. Com muitos lançamentos em gravadoras como Jade Tree, No Idea, Chunksaah, Red Leader, Fat Wreck Chords e mais recentemente na Bridge Nine, a banda nos deu muitos hinos. Ainda me lembro da primeira vez que ouvi a música Cassandratic Equation em uma fita K7 em 2001, mesmo ano no qual comecei a ser fã do grupo. Recebi o privilégio de fazer algumas perguntas e a chance de assistir a sua participação na edição desse ano do festival The Fest.

Brian Frost: Gainesville foi uma das primeiras cidades na qual a banda ficou famosa depois de Richmond. Vocês podem recapitular os detalhes da primeira apresentação do grupo em Gainesville?

Strike Anywhere: A primeira vez aconteceu no Gainesville Fest, em 1999. Foi o nosso quinto show e o primeiro fora de nossa cidade natal. Nós estávamos muito entusiasmados e na ocasião conhecemos a banda As Friends Rust que acabou nos convidando para fazer uma turnê pelos país e depois pela Europa. Acho que dormimos na casa do Chuck Ragan e a união entre os membros das cenas dessas duas cidades sempre foi muito forte.

BF: O EP Chorus Of One se tornou um trabalho adorado dentro das comunidades punks. Como foi feita a parceria com a gravadora No Idea para este lançamento?

SA: No começo do ano 2000 nós abrimos um show para as bandas Hot Water Music, SavesThe Day e Small Brown Bike na casa de show Twisters em Richmond. Após a apresentação nos dirigimos até um bar com o grupo Hot Water Music e o Var. Chuck ou Chris contou brincando para ele que ele deveria lançar o nosso trabalho e o que parecia uma piada acabou acontecendo de verdade.

BF: Você disse várias vezes que o último álbum de estúdio, Iron Front, serviu para que a banda completasse um ciclo. Com todos os membros do grupo vivendo basicamente no mesmo local, o que poderemos esperar da banda nessa nova década que está começando?

SA: O caminhão de mudança no qual nós morávamos e usamos para fazer as últimas turnês nos últimos seis anos finalmente quebrou de vez e tivemos que comprar uma van. Voltamos a fazer shows de finais de semana e turnês curtas, assim como fazíamos no começo da nossa carreira. Não conseguíamos fazer uma turnê sem que um de nós precisasse pegar um vôo ou outro. É muito bom voltar a fazer o que já estávamos acostumados.

BF: Como membro ativo e observador de uma comunidade punk por mais de duas décadas, quais foram as principais mudanças que você notou na sua vida?

SA: Há muitas bandas que estão lançando seus trabalhos e fazendo turnês. As pessoas que baixam os álbuns de maneira ilegal fazem com que as músicas das bandas fiquem disponíveis para muitos, contudo faz com que a música se torne um objeto descartável. Quando você compra uma cópia original em formato vinil, você se compromete em apreciar a música e a arte do trabalho. Celulares com conexão a Internet e GPS fizeram com que as turnês se tornassem infinitamentem mais fáceis.

BF: A apresentação que vocês fizeram na edição passada desse festival foi o melhor momento do final de semana. A banda Many Festers pretende assistir vocês novamente esse ano. Quais são os grupos que vocês pretendem dar uma olhada?

SA: Nós estamos fazendo uma turnê com as bandas A Wilhelm Scream e The Flatliners, dois grupos que conhecemos nos últimos anos e que amamos como amigos e músicos. Dead ToMe , Gatorface, Planes Mistaken For Stars, Paint It Black e Teenage Bottlerocket são algumas das outras bandas que gostamos.

BF: Li que na turnê de outubro e novembro o grupo está se apresentando em casas menores e tocando as músicas mais antigas. Tenho a certeza de que os fãs também ficaram muito entusiasmados depois que leram isso. O que fez vocês tomarem essa decisão?

SA: Qualquer banda irá concordar que a energia de toca em local menor sempre é maior do que tocar em uma casa de shows maior e com barreiras e grades. Desde que o álbum Iron Front foi lançado, nós reaprendemos a tocar algumas músicas antigas e agora estamos aproveitando a oportunidade de poder tocar uma set list mais variada.

BF: Eu também li que os próximos shows serão os últimos que farão e aí descansarão por algum tempo. Desde o lançamento do álbum que você citou, vocês fizeram turnês muito extensas. O que vocês farão durante todo esse tempo?

SA: O ano passado foi muito agitado. Alguns de nós trabalha em tempo extra e outros estão procurando esse tipo de ocupação. Nós ainda temos alguns compromissos marcados. Posso dizer que ficaremos apenas um mês em casa e já estaremos nos coçando para tocar.

BF: A última vez que vi o grupo tocar a música Notes On Pulling The Sky Down foi em 2001 no Club Q, na região Sul do estado da Flórida. Na ocasião vocês tocaram com a banda Avail. Há alguma chance de vocês incluírem essa música para o set list que tocarão no festival?

SA: Temos a esperança de que possamos reaprender a tocar essa música a tempo para apresentá-la nesse festival. Essa canção é do tipo que a minha mãe gosta por causa da parte do violão no começo. Quando começamos a compor as músicas juntos, pensamos que cada música deveria ter dez artes e agora parece que nós não nos lembramos dela. Pegarei a minha guitarra e vou trabalhar em cima da música.

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